-
Nunca lhe serei suficiente, não vale a pena! Por mais que faça, que me estique,
que me encolha, que fale ou que me cale, nunca, mas nunca lhe chegarei! –
Afirmou Ana agitando veemente as mão no ar.
-
não te entendo! – exclamou Rita, porque dizes isso?
- Porque
sei, andamos nisto há tempo demais e já sei como ele é! Sabes!? – disse mais em
tom de exclamação que de pergunta – as pessoas nunca mudam, são o que são e não
vale a pena! Lembras-te daquela saída com o amigo? Pois é deu origem a mais
duas amigas novas no face!
Rita
abanou a cabeça e nem disse nada! Tudo o que pudesse dizer seria errado! Não
era a primeira vez que esta coincidência acontecia e era sempre sinal de
engates da noite. Como Ana costumava dizer , estava-lhe no sangue e não
conseguia resistir, mas no fundo só acontecia porque verdadeiramente, nunca,
tinha estado apaixonada por ela. E, Ana, sabia, era apenas gostar e não amar.
Se ele verdadeiramente a amasse não precisava de andar na noite a fazer
amizades novas. Rita sabia que no mínimo as novas amizades iriam dar em
conversas pela internet e desta vez, não iria descobrir nada, pois Miguel já se
tinha habituado a apagar todas as conversas!
Sempre
que isto acontecia, Ana pensava se tinha feito bem em perdoar o que lhe tinha
encontrado no telefone ou se, em vez de andar a morrer aos bocados, deveria de
ter morrido de vez!
Era
esta sensação de não ser suficiente qua a fazia triste1
-
Que aconteceu? Que cara é essa estás triste? Aconteceu alguma coisa? –
perguntou Miguel que entretanto chegou a guardar o telemóvel no bolso das
calças.
-
Nada, está tudo bem! – Disse Ana forçando um sorriso – Coisas de gajas! Nada de
mais!
-
Maria -