Até podemos ter um amor fatal, louco e arrebatador, com beijos escaldantes e noites loucas de paixão. Sentir e amar para além do limite. E, até podemos ser amados, desse mesmo modo, intenso, controverso onde não há obstáculos incontornáveis e nada nos faz renunciar a esse amor, que achamos ser o único, o verdadeiro. Daqueles com um final feliz!
Não falo disso, nada disso! Falo se um amor simples! Daqueles do dia a dia, da simplicidade das conversas e dos silêncios assertivos! Daqueles cansativos, com taregas domésticas, de atrasos de relógio e de crianças chorosas!
Sim, falo dos amores simples, daqueles que até podem não ser para sempre, mas não o são a prazo. Vivemos vidas a prazo, amores a prazo, ainda que com prazo incerto, mas prazo!
Temos medo da entrega, medo que a rotina estrague a paixão e leve o amor! A paixão, comum e avassaladora? Sim, o tempo leva-a e fechados no nosso mundo de dor e de medo, vivemos com medo de verdadeiramente Amar!
Ou, pior, talvez a alguns de nós, não nos esteja destinado. Aquele Amor, que não sendo só paixão, se sente na intimidade e na reciprocidade de uma olhar, que sem falar, se sente, que é para sempre!
Nesse momento, nesse olhar, nesse toque, não interessa o tempo do para sempre. Interessa que nesse momento, nessa reciprocidade, para além da rotina que leva a paixão, esse olhar sente que é para sempre!
E esse Amor, que é mais que paixão, simplesmente, a alguns de nós, não nos está destinado!
- Maria-
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agosto
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